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Pesquisador do Goeldi descobre nova espécie de louva-a-deus
Os pesquisadores Leo Lanna, doutorando em Zoologia pelo Museu Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará (UFPA), e Lvcas Fiat, do Projeto Mantis, descobriram uma nova espécie de Louva-a-Deus durante uma expedição de dois meses na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cristalino, localizada no Mato Grosso (MT).
A nova espécie foi batizada de Microphotina cristalino, identificada por possuir asas translúcidas e iridescentes, que garante a ela características únicas. O nome de batismo é uma homenagem à reserva e ao principal rio da região, mas também faz alusão às características do inseto.Biólogos descobrem ‘peixe-vampiro’ em gruta na ÁfricaMosca gigante é achada presa em âmbar de 34 milhões de anos
A pesquisa foi parte do mestrado em Zoologia, realizado por Leo Lanna no Museu Goeldi/UFPA, e revelou a diversidade de louva-a-deus até então desconhecida na área.
A descoberta
A identificação do Microphotina cristalino foi feita a partir da coleta de dois animais machos, que foram mantidos vivos para observação, recebendo alimentação natural, até que morreram de causas naturais. Os exemplares foram depositados na Coleção Entomológica da Coordenação de Zoologia do Museu Goeldi.
“A descoberta é fruto do trabalho de longo prazo do Projeto Mantis na busca por novas e raras espécies de louva-a-deus, e integrou meu Mestrado em Zoologia pelo MPEG/UFPA. Os resultados foram fantásticos, há outras novas espécies da região que estamos descrevendo, essa foi apenas a primeira. Nunca vimos uma floresta tão rica!”, descreve Leo Lanna, que lembra as dificuldades do início da pesquisa em virtude da pandemia da Covid-19, já que foi preciso morar durante esses dois meses na Reserva.
Sobre a nova espécie
Os louva-a-deus, também conhecidos como “louva-deus” ou “cavalinho-de-deus” e ainda “ponha-mesa” ou põe-mesa, são insetos pertencentes à Ordem Mantodea, cujo nome deriva do grego “mantis”, que significa profeta, e “eidos”, que significa aparência.
Eles possuem um corpo geralmente alongado e estreito, variando de 0,8 a 17 cm, com uma grande variedade de formas e cores associadas a estratégias de camuflagem e mimetismo.VEJA TAMBÉM: Cientistas descobrem nova espécie de anfíbio “alienígena”
No caso da nova espécie, Leo destaca que a característica marcante é ser um louva-a-deus amazônico verde pequeno e esguio.
“Possuem asas totalmente translúcidas, antenas vermelhas e a cabeça mais achatada. Para quem não está acostumado a observar a nossa diversidade, ele pode ser confundido com outros louva-a-deus verdes, mas uma comparação rápida desses detalhes permite distingui-lo”.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias
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