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Síndrome da vagina morta existe? saiba mais sobre a polêmica 

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Há algum tempo, circulam informações acerca de uma narrativa urbana que tem o potencial de instilar medo na mulher mais intrépida: a temível “Síndrome da Vagina Morta”. Essa condição, traduzida livremente, implica em uma notável e progressiva redução de sensibilidade após a utilização repetida de dispositivos vibratórios.
De acordo com as teorias circulantes, a frequente dependência feminina de brinquedos sexuais cria uma espécie de resistência à estimulação clitoriana e vaginal, tornando o orgasmo inatingível tanto com aparelhos quanto com parceiros reais.
Ao longo do tempo, a vagina, supostamente, chega a “falecer”, transferindo o prazer para um reino além do alcance.CONTEÚDOS RELACIONADOS:Vídeo: mulher é internada após vibrador prender na vaginaSexo solitário: conheça os tipos e funções dos vibradoresIndependentemente da origem dessa narrativa, a verdade é que ela não condiz com a realidade. Na prática, trata-se apenas de mais um tabu destinado a restringir a sexualidade feminina e incitar sentimentos de culpa associados à masturbação.
Não há, na literatura médica, evidências que confirmem a existência da condição relacionada à Síndrome da Vagina Morta.
Entorpecimento Temporário
O que ocorre é que, após uma estimulação prolongada, qualquer órgão do corpo perde temporariamente a sensibilidade, ficando momentaneamente dormente. A sensibilidade normalmente retorna em poucas horas ou no dia seguinte. Essa dormência é temporária e não representa risco algum.
No entanto, se a mulher se envolver em outra sessão de masturbação com o brinquedo ou na penetração do parceiro imediatamente após um orgasmo com vibrador, é evidente que a sensação experimentada será reduzida.
A estimulação vaginal frequente por meio da introdução de brinquedos de maiores dimensões pode acarretar o risco de lacerações. Isso pode resultar em tecido cicatricial, o que pode causar desconforto durante as relações, mas não está relacionado à sensibilidade prejudicada.Quer mais notícias sobre curiosidades? Acesse o nosso canal no WhatsAppConforme uma pesquisa citada pela ginecologista e obstetra Shazia Malik, do Reino Unido, os efeitos de dessensibilização após o uso de vibração nas mãos desapareceram em cerca de uma hora – e o mesmo pode ser aplicado à vagina. Outro estudo indicou que apenas 0,5% das mulheres relataram perda de sensibilidade por mais de um dia após o uso de um vibrador.
Longa Vida às Vaginas
Vale ressaltar que o uso de vibradores por mulheres é recomendado por muitos especialistas. Não apenas auxiliam as mulheres a compreender seu próprio corpo e a descobrir as áreas que proporcionam mais prazer, mas também podem ser incorporados em várias atividades e jogos a dois. Além disso, foi comprovado que esses dispositivos oferecem diversos benefícios à saúde, permitindo que a vagina seja fonte de prazer e bem-estar por um período prolongado.
Conforme as pesquisas de Mary Jane Minkin, professora obstétrica, ginecologista e de ciências reprodutivas da Universidade de Medicina de Yale (EUA), o vibrador tem efeitos benéficos para as mulheres durante o climatério e após a menopausa, quando enfrentam atrofia vaginal devido à diminuição dos hormônios, secura na região, infecções no trato urinário, coceira e dores durante a relação sexual. O uso regular do vibrador aumenta o fluxo sanguíneo e a lubrificação vaginal, reduzindo a atrofia vaginal e os demais sintomas.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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