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Lula pede que PGR Gonet não se renda à pressão política
O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, tomou posse nesta segunda-feira (18). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia e discursou na solenidade. No discurso, Lula pediu para que Paulo não se “submeta” a pressão política e da imprensa. O presidente falou que em um momento do Brasil “manchetes de jornais falaram mais alto do que os autos do processo” e destacou a importância do Ministério Publico para a sociedade. “Houve um momento que aqui neste país as denúncias das manchetes de jornais falaram mais alto do que os autos do processo. E quando isso acontece, se negando a política, o que vem depois é sempre pior do que a política… O Ministério Público é de tamanha relevância para a sociedade brasileira e para o processo democrático desse país que um procurador não pode se submeter a um presidente da República, a um presidente da Câmara, do Senado, não pode se submeter à presidência de outros poderes, mas também não pode se submeter a manchete de nenhum jornal e nenhuma manchete de um canal de televisão”, declarou Lula durante a solenidade em Brasília. CONTEÚDO RELACIONADO Lula comemora aprovação da Reforma Tributária na CâmaraLula sanciona com veto lei que taxa offshores e super-ricosLula e Jader Filho assinam contrato para residencial em SPAinda no discurso, Lula lembrou que quando escolheu o nome do novo PGR, teve “mais critério” para não indicar alguém que pudesse fazer “denúncia falsa”. O presidente afirmou que respeitava o Ministério Público, mas que por conta da Lava-Jato, ele “perdeu a confiança”. Lula foi um dos investigados na operação. Em 2018 foi preso e condenado pelo crime de corrupção. Foi solto em 2019 e em março de 2022 teve a condenação anulada pelo Supremo Tribunal Federal. A anulação se deu pois o STF entendeu que Sergio Moro, então juiz da 13º vara Federal de Curitiba (PR), que estava a frente da Lava-Jato, não tinha competência e imparcialidade para julgar o caso. Sérgio Moro se tornou Ministro da Justiça de Jair Bolsonaro após as eleições de 2018. Hoje, o ex-juiz é senador pelo União Brasil do Paraná. Assim, durante o discurso, Lula com o Ministério Publico deve garantir a liberdade, democracia e vedade, e não pode fazer denuncias e acusações “levianas”. Quer ver mais notícias de política? Acesse nosso canal no WhatsApp.“As acusações levianas não fortalecem a democracia, não fortalecem as instituições, muitas vezes se destrói uma pessoa antes de dar a ela a chance de se defender e quando as pessoas são provadas que são inocentes, essas pessoas não são reconhecidas publicamente”, disse Lula, que também destacou que não se pode assumir que “todo político é corrupto”. Além disso, o presidente ressaltou que não terá nenhuma influencia pessoa no MP e pediu que Paulo garanta o que está previsto na constituição e não faça o Ministério Público ser diminuído. “Nunca exercerei sobre o Ministério Público qualquer pressão pessoal para que alguma coisa não seja investigada. A única coisa que eu te peço, não faça o Ministério Público se diminui diante da expectativa de 200 milhões de brasileiros que acreditam nessa instituição. Seja o mais sincero possível, o mais honesto possível, o mais duro possível, mas ao mesmo tempo mais justo possível com a sociedade brasileira”, concluiu Lula.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias