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Vítimas revelam terror com biomédico: “Vou morrer”

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Um escândalo envolvendo tratamentos teoricamente simples e naturais para aumento e harmonização do bumbum em uma clínica de estética em Brasília tem chocado a capital.
Há uma semana, o portal Metrópoles trouxe, com exclusividade, os relatos de mulheres que denunciaram Rafael Bracca, um biomédico e influencer do Distrito Federal, por causar danos graves à saúde em pacientes submetidas ao que ele denominava de “protocolo TX-8” para glúteos. Desde então, mais vítimas surgiram, e Bracca foi preso por exercício irregular da profissão, além de enfrentar denúncias de possíveis novos crimes. Áudios chocantes das vítimas do suposto biomédico revelam o terror vivido por elas.
As vítimas formaram um grupo composto por cerca de 20 mulheres que compartilham denúncias preocupantes sobre os procedimentos realizados por Rafael Bracca. Os relatos são surpreendentemente semelhantes. A maioria das vítimas conheceu o profissional, que agora está detido, por meio das redes sociais, onde ele angariava pacientes através de vídeos atrativos e promessas de resultados imediatos, especialmente no chamado “protocolo TX-8”.
Elas relatam que a fórmula dos produtos aplicados raramente era revelada, o que ele alegava ser um tratamento exclusivo e patenteado, e que as seringas com as substâncias já chegavam prontas no consultório.
Problemas de saúde
Após o procedimento, as pacientes enfrentaram uma série de problemas de saúde, incluindo dores, inflamações, infecções, nódulos e dificuldades respiratórias. Algumas mulheres precisaram ser hospitalizadas, algumas delas chegando até a Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Uma das vítimas, Natália, relembra: “Eu pensava o tempo todo: ‘Eu vou morrer, o que vai acontecer com os meus filhos?”.
Outra vítima, que optou por não se identificar, mencionou que uma sócia de Bracca também realizava as aplicações: “Ela mesma pegava e aplicava. Era um açougue aquilo ali, um negócio horrível.”Conteúdo relacionado Inep aciona PF para investigar fotos vazadas do Enem 2023Suspeito de matar grávida e criança é transferido para BelémCaso Samarco: dano continuado afeta renda e alimentação
Se promovia nas redes sociais
Rafael Bracca se promovia ativamente nas redes sociais como um profissional de sucesso. Como influencer, acumulou mais de 65 mil seguidores no Instagram, mantendo um perfil ativo até a publicação da matéria do Metrópoles. O “biomédico”, que possui clínicas em áreas nobres de Brasília e São Paulo, vendia cursos com a promessa de triplicar o faturamento de profissionais da área de saúde. No entanto, as alegações de sua carreira não se alinham com os registros oficiais, já que, com 38 anos de idade, ele se formou em biomedicina em uma faculdade particular de Brasília em junho de 2019, ou seja, há pouco mais de 4 anos.
Processo em 2021
Em 2021, Bracca passou a ser investigado em um processo ético-administrativo no Conselho Regional de Biomedicina por exercer funções médicas, com um caso envolvendo a promessa de curar o zumbido no ouvido de uma paciente.
Prisão
A situação do acusado se agravou quando ele foi preso em flagrante na última quarta-feira (1ª), atuando em uma clínica que já havia sido interditada anteriormente na 610 Sul, por exercício irregular da atividade.
A prisão ocorreu após uma investigação conjunta da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e da Vigilância Sanitária do Distrito Federal. No local, foram encontradas diversas irregularidades, incluindo medicamentos anestésicos e antibióticos que não poderiam ser administrados pelo biomédico. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu manter a prisão de Rafael Bracca após a audiência de custódia.Quer saber mais notícias do Brasil? Acesse o nosso canal no WhatsApp
Acusação por tráfico de drogas
Além das acusações de exercício irregular da profissão, o suposto biomédico também enfrenta acusações de tráfico de drogas, uma vez que foram encontradas substâncias proibidas em seu escritório durante uma busca e apreensão realizada em fevereiro deste ano. Entre as substâncias apreendidas estavam 200 unidades de cápsulas vermelhas de metilhexanamina (DMAA), uma substância que auxilia no emagrecimento, mas que foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2012 devido aos riscos de surgimento de doenças cardíacas, hepáticas e renais.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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