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Paraense presa na Indonésia: jovem escapa da prisão perpétua e pena de morte; saiba a sentença
A Justiça da Indonésia condenou Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, a 11 anos de prisão e o pagamento de uma multa de 1 bilhão de rúpias (moeda do país), equivalente a mais de R$ 330 mil, conforme a cotação atual. A leitura da sentença foi realizada na madrugada desta quinta-feira (8), segundo informou o advogado da paraense, Davi Lira, à redação integrada de O Liberal. Manuela foi presa no Aeroporto Internacional de Bali, no país do Sudeste Asiático, com quase três quilos de cocaína, em dezembro do ano passado.
No final de maio deste ano, Lira conversou com a reportagem e afirmou que o Ministério Público da Indonésia pareceu ter reconhecido que a jovem não é narcotraficante internacional, ao sugerir pena de 12 anos de prisão em vez de prisão perpétua ou pena de morte, durante audiência realizada no dia 23 do mês passado.
Por conta das rígidas leis do país asiático, o medo da família de Manuela era que ela fosse condenada à pena de morte ou prisão perpétua. Para se ter ideia da delicada situação que Manuela estava, em julho de 2004, houve um caso de um brasileiro parecido com o dela. O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte foi capturado pelas autoridades indonésias com 6kg de cocaína ao desembarcar em Jacarta. A droga estava escondida em pranchas de surfe. Ele foi executado na madrugada do dia 29 de abril de 2015 – dia 28 ainda no Brasil. P
O advogado da jovem considerou a condenação como um “milagre” e que “poderia ter sido muito pior”, dado os outros casos de condenações no país pelo mesmo crime.
Relembre o caso
Manuela era moradora do bairro do Guamá, em Belém, capital paraense, mas também tinha casa em Santa Catarina, onde mora a mãe. No dia 27 de janeiro deste ano, ela foi indiciada por tráfico de drogas, após ter desembarcado em Bali, na Indonésia, com quase três quilos de entorpecentes.
O advogado Davi Lira alegou que ela foi usada como “mula do tráfico”, enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surf para ela no país asiático.
Sobre as investigações a respeito do grupo criminoso, o advogado diz que o caso segue em sigilo pela Polícia Federal. Ela chega a afirmar apenas que Manuela chegou a conhecer o grupo cerca de seis meses antes da proposta de viagem, tempo que fez com que algum grau de confiança se estabelecesse entre eles.
Fonte: Polícia – OLiberal.com
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