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Pará deverá ter 100% do gado bovino rastreado e chipado
Promover a compreensão de que a preservação da Amazônia vai muito além de apenas evitar o desmatamento, mas sim promover políticas que desenvolvam a região em todos os aspectos, seja ele cultura, econômico ou social, é um dos objetivos dos Diálogos Amazônicos, que ocorrem em Belém desde a sexta-feira (4) e seguem até domingo (6), antecedendo a Cúpula da Amazônia.A discussão do desenvolvimento econômico sustentável foi discutido na manhã deste sábado (5) no Hangar. Entre os temas, o governador do Pará, Helder Barbalho, falou sobre planos para o desenvolvimento da pecuária dentro do conceito da bioeconomia, como forma de garantir a qualidade do produto e crescimento econômico do Estado e produtores.”Nós temos vocações do Estado que estão atreladas ao uso da terra, e há uma exigência internacional de conhecer a cadeia envolvida naquele item produzido e comercializado”, afirmou Helder. “O foco na rastreabilidade eu compreendo ser o principal instrumento para tornar o nosso produto mais competitivo, mas acima de tudo para evitar que haja qualquer tipo de movimento que dialogue com a possibilidade de produtos oriundos da Amazônia estejam com o uso da terra em questão, possam trazer embargos e sanções econômicas”.O Pará foi o primeiro Estado do Brasil a apresentar um programa de rastreio do produto pecuário. O Selo Verde é uma ferramenta sobre da origem dos produtos da pecuária, no Pará, que são destinados à exportação, com o objetivo de demonstrar o passo a passo da cadeia produtiva, enfatizando a ausência de relação com possíveis casos de desmatamento como forma de atrair capital estrangeiro. Segundo o governador, o Pará agora irá dar um passo além.”Nós devemos lançar agora, no segundo semestre, um plano muito ousado que estamos construindo, o primeiro grande case que fará com que 100% de todo o rebanho bovino do Estado do Pará seja rastreado. Nós estamos falando de 26 milhões de cabeças de gado, o segundo maior rebanho bovino do Brasil, e a intenção é que todos eles estejam chipados e brincados e que possamos assegurar que toda a cadeia de proteína animal do Estado esteja com o rastreio”, afirmou Helder Barbalho. “Nisso se fala não só da brincagem, mas também do cadastro rural, licença daquela propriedade, certificação da vigilância sanitária, e todos os componentes necessários para a competitividade de mercado”.A ideia é que o projeto apresente não só benefícios para a cadeia produtiva como um todo, mas também beneficiar o produtor. “O desafio, que é a fase final, é de como eu conquisto a adesão desse produtor. O que ele ganha com isso? Precisamos fazer a agregação de valor para aqueles que praticam a atividade com sustentabilidade, para que isso gere agregação de valor e isto seja assimilado não pelo consumidor final, mas pela indústria da carne dentro do processo de práticas sustentáveis”.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias
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