Esportes
Entrevistão: Fábio Bentes fala de renovação de Catalá, eleições no Remo e faz balanço da gestão
A renovação de contrato com o técnico Ricardo Catalá parece ter avançado no Remo. Em entrevista à TV Liberal, o presidente azulino, Fábio Bentes, disse que vai pedir ao Condel para que o órgão lidere as tratativas de renovação de contrato com o treinador. O objetivo é antecipar o planejamento de futebol, atrapalhado pelo período eleitoral no clube.
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“Existem situações que podem adiantar as eleições, mas não podemos atropelar o estatuto. O estatuto prevê um prazo mínimo entre a divulgação do edital e as eleições. Se isso não for feito, o processo pode ser impugnado. Sei que o planejamento pode ser atrapalhado, mas existem coisas que podem ser antecipadas. A permanência do Catalá, por exemplo, é algo aprovado pelos pré-candidatos. Então, eu entrei com um pedido no Condel pra que o órgão possa aprovar a assinatura de um contrato com ele para o ano que vem”, disse.
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A chegada de Catalá no Remo foi considerada como um “divisor de águas” pela diretoria. Depois da contratação do novo treinador, o Remo conseguiu uma arrancada na tabela da Série C, mas não alcançou o G-8, zona que dava acesso à vaga na segunda fase da competição. Segundo Bentes, se Catalá tivesse desembarcado antes em Belém, o futuro azulino poderia ser diferente.
Ele afirma que houve uma falta de comunicação entre a antiga comissão técnica e a diretoria, sobretudo na questão de contratação de reforços. De acordo com Bentes, houve uma soma de fatores que contribuíram para a queda de desempenho do Leão no meio da temporada.
“Tivemos grandes vitórias no início do ano e quase nos classificamos às oitavas da Copa do Brasil. Houve transição de competições e precisávamos de reforços. Só que não houve consenso entre a comissão técnica sobre os nomes dos contratados. Eles indicaram pessoas que não queriam vir pra cá. Por conta disso, demoramos a reforçar o elenco e sobrecarregamos os atletas que aqui estavam. Isso gerou desgaste – físico e psicológico – e culminou na má fase”, explicou.
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Saldo da gestão
“Gostaria de ter recebido o clube como eu vou entregar agora pro próximo presidente. Quando eu entrei, o Remo devia 7 meses de salário, não tinha onde jogar, onde treinar, tinha uma dívida trabalhista enorme e conseguimos sanar tudo isso. O próximo presidente terá em caixa entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, que foram bloqueados para o pagamento de dívidas. Agora há uma possibilidade bem maior de bons resultados esportivos”
Saída da presidência
“O Remo é meu grande amor, mas vou sair da diretoria por questões pessoais. Mas não vou largar do clube, vou pleitear a uma vaga no conselho deliberativo para continuar contribuindo. O Remo ainda tem muito a avançar, acho que a nova gestão terá boas oportunidades, receberá um clube mais preparado, mas não adianta acreditar em sonhos mirabolantes”
Fonte: Esporte – OLiberal.com
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