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Ginástica rítmica: rumo à etapa regional, atletas do Pará disputam vaga em torneio nacional

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Sob o forte calor amazônico, numa tarde de terça-feira, em pleno bairro da Pedreira, em Belém, dezenas de atletas se reúnem em um galpão adaptado para treinos, com o objetivo de aperfeiçoar as técnicas e movimentos que tornam a ginástica rítmica um dos esportes mais belos e admirados. A estrutura mínima, no entanto, não tira o brilho das meninas que correm contra o tempo, para dar cabo ao sonho de alcançar o topo. Neste final de semana, será realizado XVIII Troféu Artemis Soares e em seguida o torneio regional de ginástica rítmica, que serve de parâmetro para o torneio nacional, em São Paulo.

Sob o comando da experiente treinadora Célia Santos, meninas do pré-infantil, infantil juvenil e adulto, percorrem de uma ponta a outra o tablado com os instrumentos utilizados na modalidade (corda, arco, bola, maça e fita), num bailado sincronizado, que requer atenção, dedicação e, acima de tudo, uma boa estrutura, na qual a comandante sonha em tornar realidade, para que o estado possa ser representado de igual para igual, que hoje ainda é um cenário distante, em meio a tantas competições. 

Célia Santos treina as ginastas paraenses que se preparam para as competições regionais e nacionais. (Cristino Martins / O Liberal)

“A temporada dos campeonatos iniciaram em maio. Nós tivemos uma etapa do Campeonato Paraense e, em seguida, no mês de junho, tivemos o Campeonato Brasileiro adulto, onde levamos uma única representante, além do brasileiro juvenil, onde estivemos com duas atletas. Agora, a preparação é para o torneio regional, que será no Amazonas. Vamos com quatro clubes, sendo 16 atletas aqui do Centro Norte de Ginástica. Essa competição é parte de uma seletiva para o torneio nacional, a ser realizado em São Paulo”, enumera Célia. 

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Aos 59 anos, Célia conhece bem a necessidade das atletas, em uma caminhada que dura cerca de 40 anos, até desaguar como a capitã de uma nova geração, cada vez mais comprometida com a evolução do esporte. “Eu vim de uma escola pública, e quando entrei na faculdade, tinha a ideia de que deveríamos crescer aqui no estado. Estudei, me tornei presidente da Federação, treinadora. Cheguei a ser segunda treinadora da Seleção Brasileira e viajamos por países da Europa, América. Me tornei a única árbitro internacional da região norte. Hoje sou do comitê da Ginástica Brasileira, então é uma história que me orgulho muito e isso me traz vontade de fazer o esporte crescer”, conta. 

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Hoje, ela avalia o esporte como uma ferramenta poderosa que precisa ser lapidada para render bons frutos através das gerações que se renovam constantemente. “Nós já tivemos atletas olímpicas, sete atletas na seleção nacional, no entanto, estamos renovando os talentos, mas o que falta muito é investimento. Os nossos atletas aqui do centro são de poder aquisitivo bem baixo, num esporte que precisa de muito treinamento. A maioria das atletas do Brasil treina em centro na Europa, preparadas por treinadoras búlgaras e russas, enquanto nós treinamos com profissionais do estado. Elas precisam de ter o tempo de competição, para perder o medo de quadra”.

Talentos

A beleza do esporte foi um dos fatores que levaram a ginasta Giovanna Castilho para o tablado. Aos 16 anos, com seis de ginástica rítmica, ela conta que o desejo inicial da infância não era propriamente pela ginástica, mas ao conhecer a modalidade acabou gostando e até hoje se dedica com muito empenho quase que diariamente. 

Graziella e Giovanna Castilho, as irmãs unidas em família e na ginástica. (Cristino Martins / O Liberal)

“Desde pequena eu sempre quis balé, e aí surgiu uma oportunidade de vir para cá. Eu vim conhecer, gostei muito e acabei ficando. Desde então não parei mais de treinar e praticar a ginástica. Hoje já não tenho certeza de quantas competições eu disputei, mas já fomos quatro vezes para Manaus, fomos para São Paulo e assim vamos treinando e competindo”, garante, sem esconder que precisa se aperfeiçoar sempre, devido a exigência no nível das demais competidoras.  

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“São competições bem difíceis, pois cada vez mais os atletas estão preparados. Então nós corremos para igualar o nível e poder apresentar uma boa série. Agora vou para o troféu Artemis Soares e depois de quatro dias o torneio regional. Serão competições bem difíceis e precisamos estar preparadas”, afirma. A paixão pela ginástica é tamanha que acabou refletindo na irmã mais jovem, a pequena Graziella Castilho, de 12 anos.

As duas treinam juntas no Centro Norte de Ginástica e sonham alto com o esporte, mesmo sabendo da dificuldade e da disparidade entre os estados, que muitas vezes contam com apoio de profissionais dos maiores centros do mundo. “Eu acabei de voltar de uma competição brasileira, foi bem difícil. Agora já voltamos aos treinos e estamos nos preparando para outras, então estamos treinando muito”, revela a caçula, que guarda um sonho. “Meu objetivo é entrar na Seleção Brasileira, onde estão as melhores ginastas do país”, revela. 

A rotina puxada de treinos é cumprida à risca pelas jovens atletas. (Cristino Martins / O Liberal)

O Centro Norte de Ginástica é mantido pela Federação Paraense de Ginástica, com espaço para treinos cedido pelo governo do estado. Além disso, eles têm o apoio da Caixa Econômica Federal. Individualmente, as atletas que competem também recebem apoio do estado e município. Mas para alavancar as conquistas, a professora garante que é preciso ir um pouco além, para, no futuro, mudar a realidade da ginástica rítmica no Pará.

“Aqui nós trabalhamos no mesmo espaço com quatro níveis, a criança que está começando, as atletas de nível estadual, de nível regional e brasileiro. Além disso, se você não tem o ritmo de competição, só compete em torneios locais, você não tem como crescer. Nós, como treinadores, sofremos muito. A correria é grande e temos ainda que disputar com as atividades, lazer, provas, escola. Isso é uma competição muito grande e precisamos realmente desse investimento”, finaliza.

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Fonte: Esporte – OLiberal.com 

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