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Fortes chuvas deixam sete pessoas mortas no Rio

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Fortes chuvas registradas neste final de semana na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana do estado causaram pelo menos sete mortes, segundo informações divulgadas na tarde deste domingo (14) pelo Corpo de Bombeiros. Uma pessoa está desaparecida.
Os temporais deixaram um rastro de alagamentos, principalmente na zona norte da capital e em municípios próximos. O Corpo de Bombeiros atendeu a cerca de 200 ocorrências relacionadas às chuvas no estado. Também há registros de impactos no sistema de transporte e de energia elétrica.
Na capital, um alagamento chegou a interditar o trânsito em um trecho da avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, neste domingo. O fluxo de veículos foi totalmente liberado no final da manhã, de acordo com o COR (Centro de Operações Rio). A chuva ainda fechou estações de trem e metrô.
Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes (PSD) disse que o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte, ficou sem energia elétrica. A água inundou o subsolo da unidade de saúde.
Paes pediu para que a população, especialmente de bairros da zona norte, evite se deslocar pelas ruas e avenidas da cudade. “Não força a mão, não força ficar passando em área alagada. Você coloca em risco a sua vida, atrapalha os agentes públicos. A previsão é de menos chuva ou chuva mais fraca hoje”, afirmou Paes em vídeo divulgado às 7h40.
Outro impacto dos temporais foi a suspensão de concursos públicos. A Prefeitura do Rio anunciou que as provas dos processos seletivos Acadêmico Bolsista e Projeto Acolher, que aconteceriam neste domingo, foram adiadas. Novas datas devem ser divulgadas em breve.
A capital entrou no estágio 4 do monitoramento de riscos divulgado pelo COR —a escala vai até 5. O nível deste domingo significa que a recomendação é para que a população evite deslocamentos e fique em locais seguros.
PELO MENOS SETE MORTES CONFIRMADAS
Até as 14h, sete mortes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros. Em Ricardo de Albuquerque, bairro da zona norte da capital, um homem foi vítima de um desabamento provocado por um deslizamento de terra na madrugada deste domingo na rua Moraes Pinheiro.
Em Acari, também na zona norte, uma mulher foi encontrada morta na rua Matura. Conforme os bombeiros, a provável causa do óbito foi afogamento.
Em Comendador Soares, bairro de Nova Iguaçu, o corpo de um homem foi encontrado pelos militares com sinais de afogamento próximo à passarela da rua Bernardino de Melo. Também em Nova Iguaçu, o corpo de uma mulher foi resgatado em um rio próximo à rua General Rondon.
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Em São João de Meriti, um homem morreu com uma descarga elétrica na rua Neuza e outro foi vítima de um afogamento na rua Pinto Duarte, disse o Corpo de Bombeiros. Também houve a confirmação de um óbito de um homem na rua Parecis, em Belford Roxo.
Na mesma cidade, os bombeiros seguem com as buscas por uma mulher que teria desaparecido após a queda de um veículo no rio Botas na noite de sábado (13).
IMPACTOS NO TRANSPORTE
A concessionária SuperVia disse que a estação de trens Osvaldo Cruz, na capital, foi fechada para embarque e desembarque em razão dos alagamentos neste domingo.
A operação do metrô também sofreu impacto. As estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto foram fechadas temporariamente.
“As equipes de manutenção estão mobilizadas para atuar, após o escoamento da água, e restabelecer o mais breve possível o sistema metroviário”, afirmou o MetrôRio.
Em razão dos alagamentos, a Prefeitura do Rio pediu o cancelamento do ensaio técnico de carnaval previsto para este domingo na Sapucaí. O prefeito Paes ainda afirmou que recebeu uma ligação do ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que teria se colocando à disposição da cidade.
De férias, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou no sábado que estava coordenando secretarias e que estava em contato com prefeituras para “lidar com as intensas chuvas”.
FALTA DE LUZ E GERADORES
O temporal ainda deixou moradores do Rio no escuro. A Enel Distribuição Rio afirmou, em nota, que restabeleceu o fornecimento de energia para cerca de 97% dos clientes afetados. 
A concessionária disse que ampliou em até quatro vezes o número de equipes em campo (em comparação a um dia comum) para atender todas as ocorrências.
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Os atendimentos agora estão concentrados principalmente em São Gonçalo e Niterói, onde as chuvas da noite deste sábado causaram alagamentos e dificultaram o deslocamento das equipes e a execução dos serviços em campo.
Segundo a Prefeitura de Niterói, a cidade registrou um recorde histórico de chuva, com um volume de 120,2 milímetros em uma hora. Vários bairros ficaram alagados. Algumas ocorrências complexas envolvem a reconstrução de trechos inteiros da rede elétrica, incluindo substituição de cabos e postes.
No Rio, a Enel atende 66 municípios –abrange 73% do território estadual. A região de Niterói e São Gonçalo e os municípios de Itaboraí e Magé representam a maior concentração do total de 3 milhões de clientes atendidos pela companhia.
A Light, que também é responsável pelo abastecimento de energia no Rio de Janeiro, disse que as fortes chuvas da última noite impactaram o fornecimento de energia na Ilha do Governador, na zona norte da capital. Houve um defeito em uma das linhas que abastece a região.
Em nota, a concessionária afirmou que está instalando geradores para cargas prioritárias, como hospitais e unidades de saúde. A Light também pediu apoio da CET-Rio para operar o trânsito na região.
Equipes da concessionária foram para o local para reparar o defeito e restabelecer a energia. A empresa já restabeleceu 79% dos clientes e segue atuando na região.
TRAGÉDIAS ANTERIORES
Uma tragédia de proporções semelhantes à deste final de semana no Rio de Janeiro ocorreu em fevereiro de 2023. À época, seis pessoas morreram no estado em decorrência de chuvas.
Em 2022, chuvas devastaram Petrópolis, na região serrana, deixando 235 mortos e dois desaparecidos. Antes, em março de 2013, temporais também atingiram a região serrana do Rio de Janeiro e causaram mais de duas dezenas de mortos.
Dois anos antes, em 2011, a tragédia na região foi tamanha que não foi possível contar, com certeza, o número de mortes. Oficialmente foram 918, mas não há um número consolidado de desaparecidos. As três cidades mais afetadas foram Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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