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Feira do Livro registra mais de R$ 18 milhões em negócios
A 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, o maior evento literário do norte do Brasil, teve mais uma edição de pleno êxito. Encerrada neste domingo (17), a iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), foi uma festa de múltiplas artes, democrática e inclusiva, que durante nove dias movimentou o Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, por onde passaram 450 mil visitantes.
Esta edição bateu um novo recorde: apenas no último sábado (16), mais de 107 mil pessoas visitaram a Feira, o número mais alto de visitantes registrado em um dia.
Entre dezenas de estandes e vários espaços de interação, os frequentadores aproveitaram uma extensa programação, organizada com atrações para todos os públicos. A Feira Pan-Amazônica promoveu 39 rodas de conversas; nove saraus; sete “papos-cabeça” e muitas outras atividades na Arena Multivozes, Arena das Artes e Arena Amazônia.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará
Todas as vozes – A vasta programação de incentivo à leitura e à cultura popular movimentou mais de R$ 18 milhões em negócios. Houve dias dedicados às vozes dos homenageados desta edição, os escritores Heliana Barriga e Salomão Larêdo; da Infância; da Diversidade e Inclusão; da Baixada; da Democracia; do Clima; do Marajó; dos Autores Paraenses e da Cultura de Paz.
Nos 229 estandes de livros foram vendidos 750 mil exemplares, por 138 empresas participantes – sendo 42 editoras diretamente, 37 livrarias e 59 distribuidores. No Ponto do Autor, onde escritores paraenses lançaram livros, foram registrados R$ 50 mil em vendas e realizadas 145 sessões de autógrafos.
Os homenageados Heliana Barriga e Salomão Larêdo, estiveram no Ponto do Autor relançando suas obras, com novas edições produzidas pelo Departamento de Editoração e Memória (DEM), da Secult. A coleção “Mala sem Fundo”, de Heliana Barriga, reúne alguns de seus trabalhos voltados ao público infantil, para divertir e encantar pela palavra. Já o romance “Remos de Faia”, um dos primeiros trabalhos de Salomão Larêdo, traz uma narrativa sedutora e bem-humorada.
Entre os outros espaços, montados nos 24 mil metros quadrados de área coberta ocupados pela Feira, o Beco dos Artistas contou com 19 estandes, que movimentaram R$ 105.165,00 com a comercialização de ilustrações em adesivos, canecas, bottons e peças de vestuário.
Já na Feira Criativa, os 30 empreendimentos venderam artesanatos diversos, totalizando R$ 269.987,00. Os nove estandes da praça de alimentação geraram 2 mil empregos diretos e indiretos.
Próximos homenageados – “A nossa Feira foi o encontro das múltiplas expressões culturais, da dança, do teatro, música com a palavra escrita, falada e cantada. Dois autores que viveram e receberam o carinho do público, nossa querida Heliana Barriga e o nosso querido Salomão Larêdo. Hoje, nesse balanço de uma feira de extremo sucesso, que nos desafia fazer uma feira melhor ainda no ano que vem, nós anunciamos os dois homenageados. Um personagem da Feira do Livro muito querido por todos os leitores, um militante da valorização dos escritores paraenses, nosso querido Juraci Siqueira. E representando essas multivozes da nossa cultura, a nossa amada Iracema Oliveira, guardiã de pássaro junino, essa manifestação da cultura popular que é nossa, é da gente, é da Amazônia”, adiantou a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, durante a apresentação do balanço da Feira, neste domingo (17), na Arena Multivozes.
O momento também foi de agradecimento ao público e à equipe que concretizou a 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, e de apresentação dos homenageados da próxima edição.
“Eu, que trabalho com a palavra, no momento estou um pouco sem palavras para expressar toda a alegria e emoção de uma homenagem desse quilate, que eu reparto com todos aqueles que fazem do ato de escrever o próprio ar que respira”, disse Antônio Juraci Siqueira.
Iracema Oliveira será a outra homenageada. “Não existem palavras pra dizer aquilo que a gente está sentindo neste momento, porque ser lembrada pela Secretaria de Cultura, com 86 anos de idade, é muito especial. Eu comecei na estrada da arte desde os 7 anos de idade, e ser lembrada agora é muito importante. O significado é muito grande na minha vida, na minha trajetória. Na verdade, eu fiz arte, a razão da minha existência”, afirmou Iracema.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias
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