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Carro convertido para gás precisa de manutenção especial
Alguns itens dos veículos convertidos para Gás Natural Veicular
(GNV), como as velas, os cabos e a bomba de combustível, precisam de cuidados
específicos para não comprometer a durabilidade desses motores. Isso ocorre
porque o GNV tem uma combustão diferente da gasolina e do álcool. Sua mistura
de ar-combustível é mais pobre e gera um aumento de 20% de tensão em todo o
sistema de ignição.Existem hoje no mercado produtos específicos para os automóveis
convertidos, capazes de suportar a alta tensão dos motores a GNV, especialmente
desenvolvidos para melhorar a performance de ignição do carro e garantir maior
durabilidade. São produtos como velas que resultam em partidas e respostas mais
rápidas e cabos 100% de silicone com conectores e vedações dimensionadas para
operarem em condições de altas temperaturas e tensões elevadas, por um longo
período de tempo.
Outra dica importante é o uso esporádico dos combustíveis gasolina
e/ou álcool, para evitar a formação de depósitos na bomba de combustível, que
podem prejudicar o funcionamento de todo sistema de injeção. As peças em contato direto com o combustível líquido (como a
bomba, o regulador de pressão e a válvula de injeção) são itens que também
precisam de atenção especial. A bomba de combustível deve ser desativada pelo
sistema de conversão, quando o veículo estiver funcionando apenas com o GNV.
Essa prática evita o superaquecimento da bomba e também evita que as mangueiras
de combustível ressequem.
Recomenda-se que a revisão preventiva dos automóveis convertidos
seja feita a cada 15 mil quilômetros rodados ou a cada 12 meses, para garantir
o bom funcionamento do kit de conversão, assim como dos demais componentes do
motor.
BACK FIRE – Especialistas em
velas de ignição sempre alertam para um problema no sistema de ignição,
principalmente dos carros movidos a GNV (Gás Natural Veicular): o back fire,
que pode resultar na perda de desempenho do veículo, em danos no sistema de
admissão (coletor de admissão e filtro de ar) e em desgaste prematuro das velas
de ignição. Estes problemas podem ainda resultar em maior emissão de poluentes
na atmosfera e em consumo excessivo de combustível.
O back fire acontece quando as válvulas de admissão e de escape abrem ao mesmo
tempo, enquanto ainda ocorre a queima na câmara de combustão, gerando barulhos
no motor, semelhantes a estouros. Para evitar esse tipo de problema, o
motorista deve ficar atento à instalação ou à regulagem incorreta do kit GNV,
que resulta numa mistura pobre entre o ar e o gás. O ponto de ignição atrasado
e a diminuição na velocidade na queima também são algumas das causas do
fenômeno.
Para prevenir que ocorra o back fire no veículo, recomenda-se a manutenção
preventiva, com a verificação das velas e dos cabos de ignição, que são
importantes fontes de diagnóstico de problemas no motor. No caso de automóveis
convertidos a GNV, a checagem dos componentes deve acontecer a cada ano ou a
cada 10 mil quilômetros rodados, já que o uso do GNV aumenta o desgaste das
velas e dos cabos de ignição. A revisão do carro, aliada ao correto diagnóstico,
é a melhor forma de identificar a ocorrência do fenômeno. Outra dica é a
utilização de velas de maior ignibilidade.
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Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias
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