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Estudante de direito que feriu namorado a golpes de estilete alega ser vítima de violência doméstica
A jovem estudante de Direito, Maiza Oliveira, 24, envolvida em caso de agressão com o ex-namorado, um adolescente de 17 anos, se apresentou na Delegacia de São Brás, na tarde desta segunda-feira (17), de forma espontânea para apresentar sua versão sobre o fato. A jovem diz que vinha sendo vítima de violência doméstica e que no dia do fato foi agredida pelo adolescente e chegou a levar cortes profundos com o estilete.
O advogado da jovem, Saulo Nauar, conversou com a reportagem e disse que Maiza foi vítima no caso. A defesa da jovem diz que o casal teve um relacionamento de 11 meses e que há um mês a relação terminou, mas que continuavam ficando. Na última quinta-feira (13), Maiza teria ido até a casa do adolescente para comprar um remédio na farmácia. O combinado é que iriam juntos após o almoço.
“Ela ficou aguardando o rapaz no quarto e quando ele chegou começaram a falar da relação. Ele pediu para voltar, mas ela falou que não queria, pois não aguentava mais as traições e nem a forma que vinha sendo tratada. Com as negativas, ele começou a agir com agressões”, detalhou o advogado.
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A versão de Maiza é que o estilete pertence ao namorado e estava em uma cadeira quando ele se armou. Ela disse que saiu com alguns ferimentos pelo corpo, inclusive um golpe na mão, onde levou 13 pontos. Para se defender, ela tomou o estilete da mão do namorado e também efetuou alguns golpes contra ele.
“Ela agiu por legítima defesa e eles só pararam de brigar quando ela conseguiu ir para fora da casa”, acrescenta a defesa de Maiza. O advogado acrescentou que no mesmo dia da ocorrência, Maiza recebeu ameaças de uma das tias do adolescente, que disse que caso a justiça não fosse feita ela faria a justiça com as próprias mãos”, disse a defesa de Maiza.
“A intenção de Maiza era de se apresentar à polícia na última sexta-feira, mas como foi ponto facultativo o delegado responsável pelo caso não estava na unidade. Por isso, ela só se apresentou hoje (segunda)”, justificou o advogado.
O delegado Tarsio Martins, responsável pelo inquérito policial, explica que a jovem não foi presa, pois está fora do flagrante e ela se apresentou de forma espontânea acompanhada do advogado. “Ela está alegando ser vítima de violência doméstica e que no dia do fato houve supostamente agressões recíprocas. Ela passará por exames”, acrescenta a autoridade policial.
Após os exames, testemunhas serão ouvidas e somente após o delegado ouvir as partes e receber laudos de exames vai poder concluir o inquérito policial.
Fonte: Polícia – OLiberal.com
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