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Embaixador denuncia prioridade para cidadãos de países ricos
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, em uma entrevista exclusiva ao UOL News nesta sexta-feira (3), expressou preocupação com a aparente valorização da “vida e do sangue” dos cidadãos de países ricos, pois são os primeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza através da fronteira de Rafah. Até o momento, os brasileiros não foram incluídos nas listas divulgadas. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Ibrahim Alzeben (@ibrahimalzeben) Alzeben sugeriu que essa omissão pode estar relacionada ao status de países de Terceiro Mundo e que a vida dos habitantes de nações do Primeiro Mundo parece ser mais valorizada. Ele chamou isso de uma realidade preocupante e apontou para um desequilíbrio global.”Não quero exagerar, mas possivelmente é porque somos de Terceiro Mundo e o sangue e a vida daquele Primeiro Mundo vale mais. É uma realidade. O mundo está tendo um desequilíbrio. Quando se trata da morte de palestinos, parece um ‘efeito colateral' e que a vida deles não vale tanto quanto a dos outros. Esta é uma realidade que sentimos e o mundo está sentindo”, disse.Conteúdo relacionado Israel-Hamas: centro de Gaza vira linha de frente da guerraNetanyahu: cessar-fogo só com reféns libertados pelo HamasRatos com cores da Palestina são soltos em McDonald's
Vidas de palestinos menos valorizadasO embaixador afirmou que quando se trata da morte de palestinos, suas vidas não são tão valorizadas quanto as de outros. Ele ressaltou que essa percepção é compartilhada não apenas por sua nação, mas também por grande parte do mundo.Israel culpado!
Alzeben também abordou o recente ataque a um comboio de ambulâncias em Gaza, ocorrido no mesmo dia da entrevista, e não hesitou em responsabilizar Israel pelo incidente. Para o embaixador, qualquer tentativa de questionar a autoria do bombardeio é uma “estratégia para encobrir os crimes de guerra” supostamente cometidos por Israel na região.Quer saber mais notícias sobre mundo? acesse o nosso canal no WhatsAppPausa humanitária
Ela ainda enfatizou que os Estados Unidos têm a capacidade de, pelo menos, estabelecer uma pausa humanitária em Gaza e pediu ação imediata. No entanto, condenou a postura do governo americano por vetar uma resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, mostrando a necessidade de um esforço global para aliviar a situação humanitária em Gaza.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias
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