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Pará anuncia restauro florestal para São Félix do Xingu
O governador do Estado do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou nesta terça-feira (19) o lançamento do primeiro edital de concessão para a restauração florestal no Estado. A medida terá a parceria da iniciativa privada, e pretende restaurar uma área de 11 mil hectares em São Félix do Xingu, município do sudeste paraense. O anúncio foi feito em Nova Iorque, onde ele participa da programação anual “Climate Week NYC”.“É muito simbólica essa primeira concessão porque é uma área grilada, de proteção ambiental, e em um dos territórios de maior conflito florestal do Pará, que é o município de São Félix do Xingu, o que mais emitiu gases de efeito estufa”, informou o governador durante o painel “Negócios Para a Natureza”, que integra a programação anual promovida pela ONG Climate Group, cujo objetivo é propor ações de curto prazo para reduzir os impactos no clima.“Nós recuperamos essa área, reestabelecemos o domínio, fizemos o estudo do bioma e estamos nos estruturando para fazer a primeira concessão de restauro”, declarou.+ Dnit inicia obras do Pedral do Lourenço em março de 2024Ainda no evento, Helder Barbalho ressaltou que os estados subnacionais têm um papel decisivo na retomada da agenda de sustentabilidade do Brasil, reafirmando o protagonismo conquistado nos últimos anos, especialmente pelo Pará. “Temos a missão de entregar, até 2025, um cenário que não dialogue com nenhuma irregularidade ambiental, algo absolutamente inegociável para nós. O Brasil precisa chegar em 2025 com um cenário melhor, e os números nos mostram que é possível alcançar, a exemplo das constantes reduções do desmatamento, que têm sido bastante significativas. O Pará, no último mês de agosto, reduziu os alertas de desmatamento em 70%, e já nos primeiros dias de setembro em 78%, em comparação ao mesmo período do ano anterior, caminhando para fechar o ano de 2023 com uma importante entrega nessa agenda”, reiterou o governador.+ Vídeo: veja o que as irmãs DJ’s mais jovens do mundo fazem!Redução e restauraçãoEle voltou a enfatizar a necessidade de garantir a transição do uso do solo com um novo modelo econômico para a Amazônia, que pode surgir do cenário proporcionado pela COP 30 (conferência mundial sobre o clima) em Belém e da agenda de sustentabilidade. “Floresta viva, que consiste em biodiversidade e em bioeconomia, deve ser vista dentro da lógica das concessões florestais, de restauro. Não é possível imaginar que somente com a redução do desmatamento será possível zerar as nossas emissões. Portanto, a urgência posta é de redução de desmatamento e também de restauração das áreas antropizadas (já modificadas pela ação do homem)”, reiterou.
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Outro ponto destacado pelo governador do Pará foi a meta de restauração florestal do Estado: até 2030 restaurar 5,65 milhões de hectares. “O grande diferencial é que o poder público está promovendo a restauração e fazendo um chamamento para a iniciativa privada, garantindo condições para que isso possa ser feito”, frisou.COP 28Helder Barbalho também participou de reunião com o comitê diretivo da 28ª Conferência das Partes (COP 28), que será realizada nos Emirados Árabes no final deste ano. Ele novamente destacou o esforço do Governo do Pará em implementar uma política voltada para a agricultura regenerativa, que consiste na recuperação do solo e manutenção de todo o sistema de produção de alimentos agrícolas, incluindo comunidades rurais. O Pará é o único estado brasileiro membro do comitê.+ Concurso da PM do Pará tem 4.400 vagas“Queremos chegar até a COP 30, em 2025, entregando as ambições de agricultura regenerativa da maior floresta tropical do planeta, para convergir com a agenda proposta das urgências climáticas. Temos o Fundo Amazônia Oriental, que está estruturado para prosseguir no diálogo dentro das iniciativas voltadas para a agricultura regenerativa da floresta em pé”, informou o governador. COP 30Ele também se reuniu com representantes da Bloomberg Philanthropies, organização internacional que tem experiência em promoção e organização da Conferência das Partes (COP). “Tratamos de uma possibilidade de parceria da Bloomberg Philanthropies, na pessoa do fundador da entidade, Michael Bloomberg, com o Estado do Pará nos preparativos para a COP 30. A Bloomberg já foi patrocinadora de várias COPs, organizou diversos eventos sobre finanças, comunicações e outros temas. O que eles estão oferecendo para nós nessa carteira de apoios em comunicação é a divulgação e a organização, para que isso possa ser aplicado na COP em Belém. Agora, o próximo passo é fazer reuniões com os times específicos, para que possamos estabelecer qual a parceria que vamos construir”, finalizou o governador.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias
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