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Re-Pa 770: o dia em que torcedores escolheram o lado das torcidas no Mangueirão

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Na próxima segunda-feira, o Mangueirão vai receber o Re-Pa de número 770, válido pela 13ª rodada da Série C. O clássico, que hoje é considerado o mais disputado do futebol mundial, tem incontáveis histórias, dentro e fora de campo, que mantêm viva a rivalidade entre os dois maiores clubes do estado. Pouca gente sabe, mas até as arquibancadas do “Colosso” já foram motivo de disputa e o resultado disso define até os dias de hoje a posição de cada torcida nas arquibancadas do estádio. 

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Em dias de clássico, a torcida do Clube do Remo ocupa o chamado “Lado A”, com entrada pela avenida Augusto Montenegro, enquanto a torcida do Paysandu acessa o Mangueirão pela avenida Transmangueirão, que fica do outro lado do estádio, no popular “Lado B”. Essa definição, para quem não sabe, aconteceu às vésperas do primeiro Re-Pa na recém construída praça esportiva, em fevereiro de 1978, pelo Campeonato Brasileiro, graças a um lance de oportunismo de três torcedores, que simplesmente dormiram no estádio na véspera da partida, para, assim, garantir um lugar mais confortável. 

Orlando Ruffeil dormiu no Mangueirão para garantir o Lado A aos azulinos.  (Marcelo Seabra, arquivo O Liberal)

Conforme relembra o jornalista Carlos Ferreira, a história teve contornos inesperados, que até hoje perduram. “O que houve foi uma iniciativa da rádio Marajoara, que tinha aos domingos o programa ‘Na marca do pênalti', juntamente com lideranças de torcidas de Remo e Paysandu, para que houvesse um acordo que definisse o lado de cada torcida. Por outro lado, a rádio Liberal, que era a maior concorrente da Marajoara, não comprou a ideia e deu uma orientação diferente. Ambas adotaram ideias opostas e nada foi definido naquele momento”, explica. 

Sem uma definição mútua, três torcedores do Clube do Remo resolveram acabar com o imbróglio de uma forma inusitada. “O Orlando Ruffeil pediu autorização para dormir no Mangueirão, na véspera do primeiro Re-Pa, e cedo, juntamente com o Manoel Ayan e Eduardo Souza, estenderam as faixas no lado que consideravam ser maior, ou seja, o lado A”. Na época, as arquibancadas do estádio eram menores, cujo apelido de “Bandolão” permaneceu até a conclusão do anel superior, no ano de 2002. 

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O próprio Orlando Ruffeil, hoje benemérito do Remo, relembra o fato. “A emissora chamou dois representantes de torcida de Remo e Paysandu para definir o lado de cada um. Sabendo disso, fui até o Mangueirão e o funcionário Hamilton Branco, o popular Socó, ex-jogador do Remo, permitiu a minha entrada no estádio para que eu pudesse medir os lados e ver qual era o maior para o Remo. Depois fui até o Superintendente da Fundação Desportiva Paraense, Alcyr Braga, que era grande benemérito do Remo, e fiz uma exposição com os motivos para que a torcida fosse para esse lado e ele concordou”, relembra, seguindo o desfecho totalmente improvável. 

“Eu, Manoel Ayan e Eduardo Souza fomos ao estádio na véspera do jogo e dormimos lá. Acordamos às 5 horas da manhã e estendemos as faixas na arquibancada maior, que caberia com conforto a torcida do Remo. Isso aconteceu porque outras emissoras estavam pleiteando o direito de escolher os lados das torcidas. E foi assim que aconteceu. Foi um jogo espetacular e naquele dia a torcida do Remo fez a diferença”, encerra. 

Fonte: Esporte – OLiberal.com 

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