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Procura pelo termo monogamia atinge pico de buscas no Brasil

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A música “Chico” da cantora Luísa Sonza e a discussão sobre outras abordagens para relacionamentos afetivos não-monogâmicos despertaram a curiosidade pela palavra monogamia em buscas na internet.Dados do Google Trends mostram que, no mês de setembro, o termo atingiu o pico de pesquisas no Brasil, período que coincide com o momento em que Sonza lançou a música e, logo depois, anunciou o término do seu namoro.Na canção, ela se declara para o então namorado Chico Moedas. “Diziam pra mim que essa moda passou / que monogamia é papo de doido/ mas pra mim é uma honra/ ser uma cafona pra esse povo.”CONTEÚDOS RELACIONADOS:Vídeo: Luisa Sonza anuncia fim do relacionamento com ChicoTrisal: Mulher que tem dois maridos e filhos viraliza na webAlém de ter ficado entre as mais ouvidas no Spotify Brasil, a música ganhou mais reproduções depois que Sonza anunciou, no programa Mais Você, que seu relacionamento com Chico havia terminado devido a uma traição.Para a psicóloga e sexóloga Ana Canosa, quando um caso de traição ganha repercussão, surgem dúvidas sobre relacionamentos afetivos que requerem exclusividade entre os parceiros. “Será que o contrato monogâmico é o contrato mais satisfatório? Será que a não-monogamia vai evitar que eu sofra uma infidelidade, por exemplo, ou que eu seja infiel ou traído?”, questiona ela.As pesquisas relacionadas à monogamia se concentram em “o que é monogamia”, “não monogamia” e “relacionamento aberto”.Quer mais notícias sobre o Brasil? Acesse o nosso canal no WhatsAppSegundo Jairo Bouer, psiquiatra e especialista em sexualidade, as pessoas estão tentando compreender quais são as possibilidades, extensões e implicações desses tipos de relacionamento.Canosa afirma que, apesar de a notícia da traição ter contribuído para o aumento do interesse das pessoas pela palavra monogamia, o assunto não é novidade.”A gente vem desconstruindo a ideia de que o amor está sempre ligado ao desejo e de que só podemos ter um amor na vida ou um amor de cada vez, e que devemos manter a exclusividade nas relações românticas”, afirma Canosa.Bouer concorda com essa ideia e acrescenta que atualmente as discussões sobre alternativas à monogamia estão em alta porque há mais pessoas discutindo sobre isso nas redes sociais, falando sobre não-monogamia e outras possibilidades de relacionamento.GERAÇÃO Z GOSTA DE EXCLUSIVIDADE?Relatório do Tinder de 2023 aponta que a maioria das pessoas entre 18 e 25 anos busca companheirismo, amizade ou encontros sem compromisso no aplicativo. Ao mesmo tempo, 64% desse grupo dizem gostar da satisfação emocional que um relacionamento proporciona.Para Canosa, o interesse por relações não exclusivas está sendo deflagrado justamente pela geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).”É uma geração que tem mais dificuldade de estabelecer relações de compromisso, e que vive uma ambivalência entre querer alguém para ter conforto, mas, ao mesmo tempo, não quer abrir mão da sua liberdade. Então, é possível que a relação não-monogâmica seja para essa geração uma possibilidade mais concreta”, explica Canosa.GLOSSÁRIOS DOS TIPOS DE RELACIONAMENTOSMonogamiaÉ uma relação que estabelece exclusividade tanto afetiva quanto sexual entre duas pessoas, qualquer relação com terceiros é considerada infidelidade.Não-monogamiaSão relacionamentos que não exigem exclusividade entre os parceiros, seja no aspecto afetivo ou sexual, e se opõem à ideia da monogamia. Poliamor e relacionamento aberto são exemplos de não-monogamia.PoliamorPossibilidade de estabelecer mais de um vínculo afetivo e sexual, de forma concomitante, consensual e igualitária. Podem ser relações a dois, a três ou envolver grupos maioresRelacionamento abertoPermite sexo fora do casamento, desde que não haja envolvimento afetivo.SwingPrática em que o casal inclui, juntos, um ou mais casais na relação sexual.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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