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Pontos de atenção antes de ‘pegar estrada’
As estatísticas da Polícia Rodoviária Federal mostram que muitos dos acidentes nas estradas ocorrem por defeitos nos veículos. E o risco de acidentes é muito grande, se o veículo ou os pneus não estiverem em boas condições. Por isso, antes de viajar, faça uma checagem completa no carro, vistoriando os principais itens de segurança, entre eles pneus, freios, amortecedores, luzes, limpador do parabrisa etc. E dê atenção às crianças, que devem viajar no banco de trás e, dependendo da idade, usar cadeiras de segurança.
PNEUS – De todos os itens de segurança do carro, o pneu é um dos mais sérios. Uma calibragem mal feita, uma banda de rodagem meio gasta e até a escolha errada da roda podem representar o fracasso das férias. Portanto, antes de ‘pegar estrada’, faça uma checagem rigorosa das condições dos pneus do veículo, mas saiba como deve ser essa inspeção:
1.O Manual do Proprietário do veículo é a referência exata do que é mais adequado para cada condição de uso. Normalmente, a pressão dos pneus deve ser ligeiramente maior quando o veículo roda com sua capacidade total de carga e passageiros. O manual indica essa diferença de pressão para os pneus dianteiros e traseiros.
2.Modelos com motores dianteiros dotados de ar-condicionado exigem uma calibragem maior nos pneus da frente, em relação aos traseiros. Consulte o manual do veículo.
3.Se o pneu costuma esvaziar com freqüência, é sinal de algum dano na roda (pneus sem câmara) ou da presença de algum objeto perfurante. Nesses casos, jamais tente contornar o problema aplicando maior pressão no pneu avariado, para mantê-lo ‘cheio por mais tempo’. Lembre-se: a calibragem deve ser equilibrada. Procure um revendedor autorizado para resolver o problema.
4.Calibrar os pneus não requer esforço. Aproveite quando reabastecer o veículo. Além de durar menos, pneus mal calibrados aumentam o consumo de combustível, causam problemas de estabilidade, aumentam a distância de frenagem e podem provocar falhas, defeitos e até acidentes. Use sempre a pressão recomendada pelo fabricante do veículo: os engenheiros das montadoras chegam aos números recomendados depois de muitas experiências. Não siga as sugestões de leigos.
5.A pressão recomendada aplica-se sempre aos pneus frios, ou seja, que não tenham rodado mais do que 1,5 quilômetro. Não se esqueça de que, se o carro estiver com carga total, os pneus precisam de pressão maior. E lembre-se de calibrar também o estepe, para evitar surpresas desagradáveis, caso necessite dele. Se a banda de rodagem estiver mais gasta nas laterais, o mais provável é que você esteja usando pouca pressão. Se o desgaste for mais acentuado no centro, o problema pode ser pressão excessiva.
6.Certifique-se de que as rodas não estejam amassadas ou com trincas. Cheque com freqüência a banda de rodagem e a lateral dos pneus. Desgaste excessivo, presença de rachaduras ou eventuais cortes exigem a troca imediata do pneu.
7.Procure manter os 4 pneus com o mesmo desenho da banda de rodagem e com o mesmo tipo de roda. Dessa forma, o desempenho do veículo se manterá linear, principalmente sob chuva.
8.Com pneus cheios demais, o carro vibra excessivamente e apresenta desgaste precoce da suspensão e da parte central da banda de rodagem. Pneus com baixa pressão fazem o carro gastar mais combustível e desgastar as laterais da banda de rodagem.
9.Pelo menos a cada 6 meses, faça o rodízio de pneus: da frente para trás e vice-versa. Ele é outra garantia de longa vida para a banda de rodagem. As rodas de tração, principalmente se forem dianteiras, causam maior desgaste aos pneus. De preferência, faça o rodízio cruzado, mantendo no entanto o sentido direcional de rodagem do pneu (que pode ser identificado pelo desenho da banda de rodagem) e no sentido indicado pelo Manual do Proprietário do carro.
10.Faça, a cada ano, o alinhamento e o balanceamento das rodas. De nada adianta comprar pneus novos para seu carro se todo o conjunto restante (rodas, amortecedores, suspensão, freios etc) estiver com problemas. A boa dirigibilidade de um veículo depende do equilíbrio entre todos os componentes.
11.O alinhamento correto pode aumentar em anos a vida dos pneus. Uma roda desalinhada faz com que o pneu se arraste lateralmente nas retas e provoca desgastes irregulares. Pneus que ‘cantam’ nas curvas e volantes que teimam em permanecer tortos nas retas são sintomas de desalinhamento. Os defeitos em nossas ruas e estradas podem desalinhar a suspensão com muita facilidade. Por isso, preste atenção: alinhar as rodas de um carro é muito menos desgastante e preocupante do que as conseqüências de um possível acidente.
12.Jamais esqueça do estepe! Quase sempre escondido sob a bagagem de toda a família, ele deve receber a mesma atenção dedicada aos demais pneus, principalmente na hora de fazer o rodízio.
13.Na hora de cuidar da aparência do carro, outro detalhe importante: escolha com cuidado o produto para melhorar o visual do pneu. Muitos têm em sua fórmula substâncias que ressecam a borracha, o que pode causar rachaduras.
14.Na chuva, verifique pelo retrovisor as marcas que os pneus deixam no asfalto. Se elas sumirem, o veículo poderá estar aquaplanando. Assim, tire o pé do acelerador gradativamente, até que as marcas dos pneus se tornem visíveis novamente, com o conseqüente retorno da aderência.
15.Sempre que possível, examine o estado da banda de rodagem. Preste atenção a possíveis desgastes irregulares, que podem ser causados por pressão de ar incorreta, falta de balanceamento e alinhamento nas rodas ou suspensão. Verifique também a profundidade dos sulcos, que são responsáveis pela dispersão de água, terra ou areia, e garantem a aderência ao solo.
16.Os pneus têm indicadores que aparecem quando o desgaste é excessivo. O ideal é não usar pneus com sulcos com menos de 3 mm de profundidade. Dê uma boa olhada nas laterais, em busca de cortes ou bolhas. Verifique ainda se as rodas não estão amassadas ou trincadas – isso pode provocar vazamentos de ar. As válvulas também são importantes: quando for colocar pneus novos, aproveite para trocá-las.
17.Pneus sem câmara não devem jamais ser usados com câmara. Portanto, nunca aceite essa sugestão, comum aos borracheiros. Os pneus sem câmara têm superfície interna rugosa que, em atrito com a câmara, pode provocar furos ou rasgos. Além disso, pneus sem câmara raramente estouram quando furados – o que é um importante fator de segurança.
18.O pneu tem seu “RG”. Suas características (tamanho do aro, largura da banda de rodagem, altura do costado e informações de segurança como, por exemplo, a velocidade limite que suporta com segurança) estão identificadas no costado. Mas que informações são essas? Por exemplo, um pneu com a medida 185/70R14 é recomendado para um aro 5,5. Ainda na banda de rodagem, há um símbolo de velocidade, representado por uma dessas letras: N, P, Q, R, S, T, U, H, V, W, Y. Cada uma indica a velocidade máxima suportada pelo pneu. Por exemplo, se no pneu do carro estiver gravada a letra “R”, significa que não deve ultrapassar os 170 km/h, sob pena de danificar o pneu, comprometendo sua segurança. Há também um número importante, o índice de carga. Um pneu com o número “84”, por exemplo, não deve ser utilizado para conduzir um automóvel com carga superior a 500 quilos. VEJA MAIS NO SITE DO AUTO DESTAQUE.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias