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Pescador paraense recebe prêmio internacional de bravura

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Do que é feito um herói? Coragem, altruísmo, empatia, entre tantas outras dezenas de características. Geralmente, vemos esses personagens em histórias de filmes, mas existem aqueles da vida real, como o pescador paraense José Cardoso Lemos, de 48 anos.

Para quem não lembra, no dia 8 de setembro de 2022, ele salvou 35 pessoas após uma embarcação naufragar nas proximidades da Ilha de Cotijuba, em Belém. Tal feito foi reconhecido mundialmente no Prêmio IMO por Bravura Excepcional no Mar, da Organização Marítima Internacional (IMO), nesta segunda (27).Neste ano de 2023, o evento foi realizado em Londres, na Inglaterra, e contou com 47 indicações de 18 países, uma associação e três Organizações Não Governamentais, todos membros ativos.  
 José Cardoso Lemos recebeu um Certificado de Louvor, que equivale à categoria de “Honras da IMO por Bravura Excepcional no Mar”, que dá “reconhecimento internacional àqueles que, correndo o risco de perder a própria vida, praticam atos de bravura excepcional, demonstrando extraordinária coragem na tentativa de salvar vidas no mar ou na tentativa de prevenir ou mitigar os danos ao ambiente marinho”.”Parecia uma cena de filme de terror, tinham umas 80 pessoas gritando por socorro na água, a grande maioria mulheres de idade, um desespero total. Foi horrível. As pessoas estavam amontoadas em boias maiores, outras estavam agarradas à assentos da embarcação, na esperança de flutuar. A primeira boia tinha 16 pessoas, já a segunda em torno de umas 23″, contou José ao falar sobre o naufrágio.No resgate, ele fez duas viagens, na terceira acabou encontrando as demais pessoas sem vida. José ainda resgatou nove corpos. 
  José começou a prática de pesca aos 12 anos e há alguns anos esteve por cerca de um mês na UTI, o que o fez perder 50% dos movimentos do lado esquerdo. Ele segue com a vida de pescador e sempre que entra na embarcação se emociona. O mesmo também comentou sobre o reconhecimento mundial.”Cada canto que eu olho tem uma lembrança. Quando eu fecho os olhos, vejo a criança chorando por sua avó, lembro dos corpos na proa, dos gritos. Não foi um dia fácil. eu faria tudo da mesma forma, tentaria ajudar até mais. O acidente mudou a minha vida e tenho certeza que eu ajudei muitas pessoas. Não sou um herói, sou apenas um homem comum, que fez o que achava certo. Eu nunca pensei que um dia sairia do País para receber um prêmio por ter feito o que achava certo, por ajudar as pessoas. Agradeço à Marinha do Brasil por ter ajudado nesse reconhecimento”, concluiu. 

 

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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