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Pará assume meta de desmatamento zero até 2025

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 Em Nova York, participando da Semana do Clima, o governador Helder Barbalho (MDB) reforçou o seu compromisso com a preservação da Amazônia e anunciou que projeta zerar o desmatamento ilegal no Pará até o ano de 2025. A fala ocorreu em meio ao evento Casa Amazônia, realizado na manhã desta sexta (22), com painéis de discussão sobre a região para os interessados nos temas relacionados ao Pará, ocasião em que ele afirmou ainda que todos os esforços precisam ser em direção à valorização da floresta viva como sendo mais rentável em relação a atividades ligadas à derrubada de árvores.Conteúdos relacionados:Pará reduz 70% em áreas com alertas de desmatamento Com ações, Pará deixa o posto de estado que mais desmata “Quando falamos em legado ambiental da COP 30, eu entendo que somos capazes de chegar em 2025 com desmatamento ilegal zero no estado do Pará, porque é o caminho que nós estamos traçando”, justificou o chefe do Executivo estadual.Helder explicou que, atualmente, dez hectares de floresta deitada na região da Transamazônica, transformada para a produção agrícola, valem 90% a mais do que o mesmo território em floresta em pé, e que enquanto houver esse disparate, o Estado continuará agindo coercitivamente.“E vamos fazer um chamamento, dizendo para o agricultor familiar que ele vai receber recursos financeiros para preservar a floresta em um valor três vezes maior do que ele recebe fazendo lavoura. Aí sim eu começo a conversar no patamar de financiamento”, detalhou.Ao destacar o trabalho do governo estadual para a estruturação de um sistema para o mercado voluntário de créditos de carbono no Pará, o governador falou sobre a diferença de perspectivas sobre o assunto entre os países ricos e os que estão em desenvolvimento.“Vejo muita gente falando no mercado de carbono, mas na perspectiva dos países do Norte global, que é o de gerar créditos por mudança de matriz econômica reduzindo emissões e não discutindo o assunto a partir da contribuição que a floresta pode ofertar na captura de carbono. Nós precisamos colocar isso na agenda sob pena de, mais uma vez, o nosso papel nesta solução seja de somente preservar, e não o de participar do processo de transição para uma economia financiada com base na floresta viva”, defendeu.CARBONOMais cedo, Helder reuniu-se com a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Inger Andersen, para tratar sobre um acordo de cooperação técnica para fortalecer as políticas ambientais do Pará. Na pauta, estratégias para a 30ª edição da Conferência das Partes (COP 30), que será sediada em Belém no ano de 2025, além do desenvolvimento do sistema jurisdicional para o mercado de créditos de carbono no Pará, o chamado sistema de Redução de Emissões de gases de efeito estufa provenientes do Desmatamento e da Degradação florestal (Redd), com foco no protagonismo do estado nesse tema.No mercado de carbono, o objetivo é, com o apoio da ONU, gerar créditos de alta integridade socioambiental no Pará, por meio de um sistema que já está em construção, com a participação ativa de Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCTs), em um trabalho conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), com o apoio de entidades do terceiro setor.A agenda foi intermediada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que vem colaborando com o Pará no desenvolvimento das políticas e programas ambientais no âmbito do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).O governador fez um convite para que Inger Andersen venha a Belém para a assinatura do acordo, o que poderá ocorrer até o final deste ano, consolidando o alinhamento do Estado do Pará com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UFCCC, em inglês).

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Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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