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Lana Del Rey no Mita tem chá de cadeira, hits e glamour

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Quando Lana Del Rey subiu ao palco do Mita
Festival, neste sábado (3) no Vale do Anhangabaú, o público variava entre vaias
e pedidos para que ela começasse logo o show. A reação não durou muito depois
que ela finalmente apareceu e os gritos foram substituídos por juras de amor.
A cantora, que já havia começado seu show com
atraso na edição carioca do festival, no final de semana passado –e reclamado
por ter tido o áudio cortado antes de terminar seu setlist– subiu ao palco em
São Paulo com quarenta minutos de atraso, telões com um pequeno delay, o som da
banda por vezes mais baixo do que o ideal e um vape azul preso em seu cinto.
Com o atraso prontamente perdoado pelos fãs, a
cantora interpretou hits, cantou músicas que demoraram anos para serem tocadas
ao vivo e fez coreografias e trocas de roupa em um cenário meio burlesco e meio
clássico, com dançarinas se apresentando em volta de mesas e castiçais.
Foi o segundo show da artista americana depois de
um hiato de quatro anos nas performances ao vivo –sua última apresentação foi
na turnê do álbum “Norman Fucking Rockwell!”, em novembro de 2019,
encerrada antes da hora por causa da pandemia.
A reestreia aconteceu na edição carioca do Mita, no
Jockey Club, no fim de semana passado. O Brasil pôde ouvir a cantora apresentar
pela primeira e segunda vez canções de seus últimos três álbuns, incluindo
“Did You Know that there's a Tunnel under Ocean Blvd”, lançado há
pouco mais de dois meses.
Del Rey dedicou cerca de um terço do seu show em
São Paulo a músicas desses álbuns, como “The Grants”, executada em
tom quase que religioso, “Candy Necklace”, que ela cantou sentada num
piano dourado, e “Arcadia”.Lana del Rey cantando ‘Video Games' no mita festival de são Paulo. pic.twitter.com/nPaN4mQ4b2— henriimoon✮ (@Henriweel) June 4, 2023
Todas foram celebradas por um público fiel, que
comemorava cada aceno da artista.
Foi palpável, no entanto, o efeito da parte do
repertório que foi na direção de seus primeiros e mais incensados álbuns, que
ela já tinha em seu currículo quando tocou no Brasil pela última vez, na edição
de 2018 do Lollapalooza.
Acompanhada por um coro que ecoava pelo Anhangabaú,
a artista passou por músicas como “Blue Jeans”, “Pretty When You
Cry”, “Summertime Sadness”, “Cinnamon Girl” e uma
“Ultraviolence” cantada em cima da grade, tirando selfies e de mãos
dadas com fãs.
Entrou no setlist até “Get Free”, que a
americana incluiu no repertório num truque, deixando para o público a
responsabilidade de cantar a música que ele mesmo passou o show inteiro
pedindo. É que a cantora foi processada pela banda Radiohead, que a acusou de
plagiar seu sucesso “Creep”.
O furor do show que fechou o evento neste sábado
chegou a ser maior que aquele visto no festival no Autódromo de Interlagos,
ainda que na época sua performance tenha sido considerada maior que o palco
secundário ao qual foi relegada.Lana del Rey cantando “Summertime sadness' no mita festival de são Paulo. pic.twitter.com/V8Q6hYhRJr— henriimoon✮ (@Henriweel) June 4, 2023
Na ocasião, a artista já tinha no currículo
“Born to Die”, de 2012, seu segundo trabalho com ao menos cinco hits,
“Ultraviolence”, de 2014, e “Honeymoon”, do ano seguinte.
“Lust for Life”, que havia sido lançado meses antes do evento, ainda
garantiu a ela uma indicação ao Grammy na categoria de melhor álbum pop.
Neste sábado, em horário e palco mais nobres, a
americana foi chamariz do evento que teve ingressos esgotados apenas para este
dia.
Seu setlist encorpado e cheio de inéditas que ela
provavelmente teria tocado em seu show no Lollapalooza de 2020, cancelado por
causa da Covid-19, foi encerrado com o sucesso “Video Games”, cantado
em cima de um balanço florido.
Ela deixou o palco aplaudida depois de tirar o
atraso com seus fãs e cantar no centro de São Paulo seu glamour decadente, sua
aura nostálgica e suas canções de amores que deram errado –tudo o que faz Lana
Del Rey ser quem é.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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