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Ídolo no Paysandu, Rafael Moura relembra sucesso no clube: ‘Se fosse hoje eu valeria uns 80 milhões’
Em pouco mais de 20 anos de futebol, o ex-atacante Rafael Moura deixou a marca por onde passou. Um dos episódios mais emblemáticos, no entanto, aconteceu em 2005, quando desembarcou em Belém do Pará, desacreditado com a falta de espaço no Atlético Mineiro. No Paysandu, o jovem atacante encontrou nada menos que Robgol no ataque e, juntos, formaram uma das duplas mais letais daquele período. Em entrevista ao podcast ‘Bora pra Resenha', o jogador lembrou da época e da alavancada que o Papão deu na carreira.
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Rafael foi base do Galo até o ano de 2003. Em seguida, foi para o Vitória e acabou emprestado, graças a concorrência desleal no clube mineiro, que acabou virando a carreira. “Ali foi o divisor de águas. Eu jovem, sem oportunidade no Atlético Mineiro, pois não tinha como jogar. O ataque deles era Guilherme, Max, Fábio Júnior e Alex Alves na reserva. Um menino de 17, 18 anos não ia jogar nunca. Fui para o Vitória, retorno ao Atlético e vou para o Paysandu em meados de agosto, mas lá foi muito intenso”, relembra.
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“Em 14 jogos eu fiz 11 gols, com o time na primeira divisão, brigando contra o rebaixamento. Pouco tempo antes, em 2003, o time havia jogado a Libertadores e tinha vencido o Boca Juniors lá fora”, comenta. Segundo ele, a pouca idade não o intimidou e graças ao apoio do treinador, acabou chamando para si a responsabilidade e caindo nos braços da torcida.
“Ali a torcida é muito fervorosa. A gente esquece um pouco dali, mas tem muita torcida, muita camisa, responsabilidade. Ali tem aquele calor de torcida e para mim, que não tinha jogado em lugar nenhum, ganhei a oportunidade. O técnico era o Carlos Alberto Torres, que me colocou como titular, onde eu não tinha sido nada. O robgol brigando pela artilharia do campeonato e eu comecei a fazer um monte de gol. Isso ficou marcado para o torcedor, porque foram poucos jogos, mas muito intensos”.
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A passagem no Paysandu foi curta, porém, suficiente para alçá-lo ao nível mais elevado do futebol brasileiro, construindo passagens sólidas por equipes de ponta, como Corinthians, Fluminense e Internacional. Se fosse hoje, segundo ele, ao menos no aspecto financeiro a história seria diferente.
“Sem falsa modéstia, se eu fizesse o que eu fiz no Paysandu, hoje, eu valeria 80 milhões de Euros? 14 jogos, 11 gols, em um time pequeno na Série A? Chama muita atenção. De lá eu fui para o Corinthians. O torcedor do Papão tem essa coisa na cabeça e eu também tenho dentro de mim, que eles foram os responsáveis por me colocar no futebol. Eles têm essa coisa mais humana”, encerra.
Fonte: Esporte – OLiberal.com