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“Falsa pane” faz motorista pagar por defeito inexistente
O golpe da “falsa pane mecânica” está se tornando cada vez mais comum no Brasil. O motorista é abordado no trânsito pelo “condutor” de outro veículo, que alerta para um suposto problema no automóvel, dizendo que o motor está soltando fumaça. Normalmente, a primeira reação do motorista abordado é de parar o carro e verificar o que está acontecendo. Nesse momento, quem avisou sobre o falso problema diz que é mecânico e recomenda um “profissional”, que se dispõe a ajudar. Ao abrir o capô e ter acesso ao motor o problema é criado, geralmente desconectando algum cabo para fazer o propulsor falhar.Conteúdos relacionados:A cada dia cerca de 86 pessoas são vítimas de golpes no ParáCriminoso tenta aplicar golpe em empresária pelo WhatsAppNovo golpe começa com recebimento de R$ 20 no PIXEm muitos casos, a sabotagem faz com que alguma luz de advertência se acenda, o que dá maior sensação de veracidade do golpe. Nesse momento, é oferecido o reparo do veículo, mediante a suposta troca de peça, que na verdade nem é trocada. Mesmo assim, o falso serviço é cobrado, e a conta pode sair bem salgada.
A jornalista Tatiana Carvalho e seu pai foram as mais recentes vítimas deste novo golpe. Ela contou que, há cerca de uma semana, os dois retornavam do Rio de Janeiro em direção à São Paulo, capital, no carro da família, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), quando ouviram um estouro e um motociclista fez um sinal.“Logo depois, [ouvimos] outro barulho e um [Chevrolet] Onix passou, indicando para pararmos. Foi o que fizemos. O motorista desceu e disse que viu fumaça e faísca saindo do motor do carro do meu pai. Pediu para abrirmos o capô, olhou, mexeu um pouco e disse que estava com problema em uma peça X. Falou que, por coincidência, trabalhava em uma distribuidora da Honda e que poderíamos ir com ele até o local para fazer a troca”, relatou.Quer saber mais notícias do Brasil? Acesse o nosso canal no WhatsAppAo tentar seguir o condutor do Onix, o Honda da jornalista começou a perder potência. “[O homem que] estava nos ‘ajudando’ disse que deixaria o companheiro dele com a gente e iria até o tal lugar buscar a peça. Em menos de dez minutos estava de volta e o mecânico parceiro dele ‘trocou’ a peça. Apresentou o recibo e falou que meu pai poderia pagar por Pix”, continua.O valor do recibo, incluindo a mão de obra, foi de R$ 2,2 mil. O pai da jornalista, porém, convidou a dupla a acompanhá-lo até uma oficina da Honda antes de efetuar o pagamento. No caminho, os dois golpistas desistiram de ir e desapareceram no meio do caminho. Já na concessionária, após o carro ser inspecionado, Tatiana foi informada de que nenhuma peça tinha sido trocada.“Não trocaram nada. Provavelmente só desconectaram um cabo quando abrimos o capô, ainda na Dutra, e reconectaram quando fingiram trocar a tal peça. Resultado: zero reais de prejuízo financeiro, mas prejuízo psicológico enorme. Nós [tivemos] alguma sorte, mas muita gente cai no golpe. Cuidado”, postou a jornalista.Como se prevenir do novo golpe:Não aceite a ajuda de estranhos e desconfie se a pessoa insistir em ajudar: isso pode indicar que se trata de um golpista em potencial. Prefira acionar o socorro de sua seguradora ou busque uma oficina ou de um profissional de confiança.Nunca forneça seus dados pessoais a terceiros, como RG, CPF, endereço e dados bancários, e nem senha do cartão de crédito ou número da conta.Mantenha todas as revisões do seu veículo em dia, para se certificar de que ele está bem conservado e com menos risco de problemas mecânicos.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias