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Da má fase à redenção: Vinícius pode usar Re-Pa da Série C como virada de chave na temporada

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O Re-Pa da próxima segunda-feira (17), pela Série C, pode marcar um momento de virada na carreira do goleiro Vinicius, do Remo. Ídolo da equipe azulina, o arqueiro viveu maus momentos no ano passado, quando amargou partidas no banco de reserva. No entanto, nesta temporada, o jogador voltou a titularidade na meta remista e tem voltado a transparecer confiança para o sistema defensivo e para a torcida. A boa fase pode ser explicada por um bom momento emocional do atleta, mas também pode ser resultado de alterações táticas que “protegem” a primeira linha de jogadores do Leão.

Quem faz essa análise é o jornalista e comentarista Carlos Ferreira. De acordo com ele, o mau momento de Vinícius em 2022 foi reflexo de uma equipe instável emocionalmente. Ele afirma que a confiança voltou à meta remista, sobretudo, após a chegada do técnico Ricardo Catalá, que arrumou o sistema defensivo azulino e “protegeu” Vinícius em momentos críticos do jogo.

“A má fase do ano passado não era só do Vinícius, mas do time todo. Ele era o mais exposto em um time instável emocionalmente. É importante destacar que a instabilidade do goleiro é muito mais grave do que a de qualquer outro jogador. Ele viveu períodos difíceis, mas se recuperou, assim como todo o resto do time. À medida que foi sendo gerada uma proteção, ele foi melhorando”, explicou.

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Má fase a ‘queda de categoria’

Vinícius foi bastante criticado após falhas no Re-Pa (Cristino Martins/ O Liberal)

Vinícius sofreu no clássico Rei da Amazônia da Série C de 2022. O Leão vencia por 2 a 1 a partida disputada no estádio Baenão, em Belém. No entanto, o camisa 1 falhou em um lance crucial do jogo, que ocasionou o gol de empate do Papão. Os dois pontos perdidos naquele duelo se mostraram importantes para o Remo na reta final da primeira fase, já que a equipe azulina deixou de se classificar ao quadrangular de acesso à Série B por detalhe.

A partir disso, Vinícius passou a conviver, pela primeira vez na carreira, com críticas das arquibancadas. Os torcedores azulinos pediam a saída do jogador do time titular – o que acabou se consumando partidas depois – e até a dispensa do clube. Nesse momento, o status de ídolo do arqueiro remista foi abalado.

Apesar disso, Carlos Ferreira avalia que a posição de Vinícius como “um dos maiores goleiros da história do Remo” não foi comprometida. No entanto, ele opina que o jogador desceu uma “categoria” no quesito qualidade técnica. O principal fator responsável por isso, segundo o comentarista, foi a eleição do arqueiro para o cargo de vereador de Belém.

“O Vinícius se consolidou no Remo como um goleiro acima da média, um dos melhores da história do clube. No entanto, na minha avaliação, uma vez eleito vereador, ele não conseguiu manter o nível. Provavelmente, os treinamentos dele deixaram de seguir a mesma rotina. Houve problemas no ano passado e em alguns momentos deste ano. Hoje ele voltou a ser um bom goleiro, mas desceu da categoria de ótimo. Transmite confiança ao time e aos torcedores, mas já foi bem melhor. Não atribuo isso à idade, porque um goleiro de 38 anos pode estar no auge”, analisa.

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Clássico do céu e inferno

Clássico da Série C será disputado, segundo Carlos Ferreira (Cristino Martins / O Liberal)

Segundo Carlos Ferreira, o clássico Re-Pa será determinante para o futuro dos clubes na Série C do Brasileirão. Segundo ele, o Remo tem uma pequena vantagem sobre o rival, no quesito “conjunto”, ao contrário do Paysandu que se apega a um fator emocional para sair de campo com a vitória. No entanto, de acordo com o comentarista, um revés azulino traria ao Baenão um cenário mais catastrófico do que à Curuzu, caso o Papão saia de campo derrotado.

“O Remo vem em uma continuidade de trabalho, que indicaria uma pequena vantagem de conjunto. Porém, o Paysandu dá sinais de ascensão. O que dá pra entender é que o Paysandu entra mais confiante e o Remo mais instável, buscando se superar. O Paysandu, na toada em que está, se vencer, vai entrar muito forte pela classificação no terço final da primeira fase. Se perder, no máximo joga água na fervura. No caso do Remo, se ganhar o clube liga as turbinas para o terço final, mas se perder será o caos”.

Fonte: Esporte – OLiberal.com 

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