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Crescimento do Brasil supera previsão de economistas 

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O crescimento da economia brasileira deve superar pelo terceiro ano seguido as projeções dos economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central.A performance do PIB (Produto Interno Bruto) acima do esperado pelo mercado financeiro é uma tendência vista desde 2021. Nos três anos anteriores (2018-2020), havia ocorrido o contrário: as projeções se mostraram mais otimistas que o desempenho da economia brasileira.Em 2023, a inflação também se mostrou mais comportada que o esperado, o que permitiu uma queda dos juros maior que a projetada. A inflação projetada estava em 5,42% no início de janeiro. Nos 12 meses encerrados em novembro, ficou em 4,68%.A previsão era de uma taxa básica (Selic) a 12,25% no final de 2023, mas os juros terminaram em 11,75%. A maior diferença, no entanto, está na projeção para o PIB, que passou de 0,80% para 2,92% ao longo do ano.Em 2023, o consumo e o setor de serviços mostraram recuperação, puxados pela retomada do mercado de trabalho e pelas transferências de programas sociais. A agricultura também surpreendeu os analistas e ajudou a puxar o crescimento do ano além do estimado.Conteúdos relacionados: Reoneração integral do diesel retorna nesta segunda-feiraLula veta isenção de IR para ganhos até R$ 2.112 em apostasOs erros de projeção não são uma exclusividade do setor privado. O Banco Central esperava um PIB de 1% e um IPCA de 5%. A instituição não faz projeção de câmbio e juros.Para 2024, a expectativa é novamente de desaceleração da economia brasileira, acompanhada por inflação em queda e juros mais baixos. Esse cenário poderá ser mais ou menos benigno a depender, principalmente, de dois fatores: a continuidade do processo global de desinflação –e a consequente flexibilização da política de juros nos EUA– e os rumos da política fiscal no Brasil.O presidente do Federal Reserve, o banco central do país, Jerome Powell, deu mais sinais de que o aperto da política monetária chegou ao fim e que a discussão agora se voltará para quando a taxa poderá ser reduzida no ano que vem.No Brasil, o desafio será o cumprimento da meta de zerar o déficit nas contas públicas.Quer saber mais sobre as notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsappPara 2024, os analistas projetam um crescimento do PIB de 1,52%, além de queda da inflação para 3,91% e dos juros para 9% ao ano –com um câmbio de R$ 5,00 no final do ano. O Ministério da Fazenda trabalha com um PIB de 2,2%.O BC espera um crescimento de 1,7% e uma inflação de 3,5% –a meta é de 3%, com intervalo de tolerância para até 4,5%.”O ano de 2024 deve apresentar um cenário mais construtivo. Nos países desenvolvidos, esperamos crescimento moderado, sem recessão, desaceleração da inflação e início do ciclo de corte dos juros, enquanto para a China vemos uma estabilização na dinâmica econômica”, diz o banco Santander em seu relatório sobre perspectivas para o próximo ano.”No Brasil, a conjuntura deverá seguir numa direção favorável, também com crescimento moderado, inflação recuando e continuidade da trajetória de queda da taxa Selic. É importante monitorar a evolução da política fiscal.”Para a gestora Rio Bravo, outro ponto de atenção para o ano que vem será a dinâmica do mercado de trabalho, que, em 2023, se manteve aquecido. “Esperamos que, para o ano que vem, a desaceleração esperada se concretize, com a taxa de desemprego no Brasil se aproximando da neutra que está próxima de 9,5%.”

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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