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Bolsa cai e dólar sobe com alta da inflação no Brasil
Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. Um aumento nos índices de inflação pode ser influenciado por diferentes causas, que podem ser agrupadas em quatro grandes grupos: 1) aumento na demanda; 2) aumento, ou pressões, nos custos de produção; 3) inércia inflacionária e expectativas de inflação; e 4) aumento de emissão de moeda.
Na manhã desta terça-feira (12), a Bolsa brasileira operava em queda e o dólar subia, com investidores digerindo novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto aguardam a divulgação de decisões sobre juros em ambos os países, marcadas para quarta (13).
No cenário local, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou a 0,28% em novembro, após marcar 0,24% em outubro, pressionado por alimentos e passagens aéreas.
Apesar disso, a taxa é a menor para o mês desde 2018 e ficou praticamente em linha com os 0,29% esperados por analistas consultados pela agência Bloomberg.CONTEÚDOS RELACIOANDOS:Dois terços dos brasileiros não têm reserva financeiraDieese: cesta básica fica mais cara em novembroBrasil não avança na meta de Educação Infantil
“De forma geral, o dado segue corroborando um cenário benigno para a inflação brasileira. Quando observamos a composição do IPCA, a pressão altista veio de itens mais voláteis como alimentos e passagem área, enquanto as medidas mais importantes, como a média dos núcleos [cálculo que desconsidera itens mais voláteis], seguem em trajetória de queda no acumulado dos 12 meses”, afirma Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.
O economista afirma, ainda, que o dado é positivo para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve seguir cortando os juros nas próximas reuniões.
Já nos EUA, os preços ao consumidor registraram alta inesperada em novembro, enquanto o núcleo da inflação acelerou frente ao mês anterior.
O índice CPI subiu 0,1% no mês passado, depois de ficar inalterado em outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta terça-feira. Nos 12 meses até novembro, o índice avançou 3,1%, depois de alta de 3,2% em outubro.Quer saber mais notícias nacionais? Acesse nosso canal no WhatsApp.
Economistas consultados pela Reuters previram que o índice de preços ao consumidor ficaria inalterado no mês e aumentaria 3,1% na base anual. As altas de 0,3% na base mensal e 4,0% na comparação anual do núcleo da inflação ficaram em linha com as expectativas.
Para Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, a persistência do núcleo de inflação deve manter o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) cauteloso.
“A instituição deve reforçar que permanece atenta aos dados e pronta para agir, se necessário. Será importante atentar para a previsão dos membros do comitê de política monetária sobre os juros nos próximos anos. Acreditamos que apesar de sinalizar redução à frente, o presidente do Fed deve desencorajar expectativas de cortes no início do próximo ano” diz Rodrigues.
O banco projeta que o início dos cortes de juros americanos deve ocorrer em meados de 2024, e não mais no fim do ano, citando que o mercado de trabalho e a atividade econômica devem continuar desaquecendo.
Às 12h10, o Ibovespa caía 0,45%, aos 126.334 pontos, enquanto o dólar avançava 0,32%, cotado a R$ 4,953.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias