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Bicicletada em Belém homenageia a palhaça Miss Jujuba

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Ciclistas de vários coletivos promoveram, na noite de ontem (12), em Belém, a bicicletada em homenagem à palhaça circense venezuelana, Miss Jujuba. Batizada Julieta Hérnandez, 38 anos, ela foi encontrada morta no último dia 5 de janeiro na cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas (AM). Ela estava desaparecida há 13 dias e viajava de bicicleta rumo ao seu país natal para encontrar os familiares e comemorar as festas de final de ano.O encontro dos ciclistas, a maioria formada por mulheres, aconteceu no Memorial da Cabanagem, e de lá todos seguiram até a Praça da República vestidos com camisas com o rosto da homenageada, cartazes com dizeres que pedem justiça sobre o caso de feminicídio, assim como pessoas usando nariz e roupas de palhaço, uma vez que Miss Jujuba se vestia desta forma.CONTEÚDO RELACIONADOSuspeito de tentativa de assalto a turistas é preso no CESuspeito de matar policial militar a tiros em Belém é presoO encontro foi realizado justamente porque a palhaça Jujuba era praticante de pedal, uma vez que há quatro anos veio da Venezuela ao Brasil de bicicleta, para apresentar seu talento circense. “Eram duas coisas que ela gostava de fazer, pedalar e apresentar sua arte para animar pessoas”, disse Ruth Costa, coordenadora do Pará Ciclo.Ainda de acordo com a coordenadora, a cidade de Belém foi uma das visitadas pela venezuelana. “Ela esteve aqui em dezembro de 2022, quando reuniu ciclistas e até se apresentou no Teatro Waldemar Henrique, onde nos encantou com a arte circense de palhaça, que foi sua grande marca”, completou Ruth.Mas, além das lembranças da vida da palhaça Miss Jujuba, a bicicletada também marcou o protesto à violência contra a mulher, que coloca o Brasil na posição indigna entre os cinco países que mais registram casos de feminicídio no mundo.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsApp“Nós mulheres ouvimos insultos por pedalarmos, como; ‘vai trabalhar, vagabunda’. Até nessa prática saudável, não somos respeitadas. Por isso, é muito importante protestarmos pela Jujuba, pois envolve todas nós mulheres”, concluiu Leila Brasil, 55 anos, ciclista.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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