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Bicicleta: Um investimento que só faz bem
No Brasil, estima-se que exista uma frota de mais de 33 milhões de bicicletas, de acordo com o Jounal of Sustainable Urban Mobility. Mas qual o custo para manter o meio de locomoção nos dias de hoje? Afinal, as “magrelas” também precisam de manutenção e cuidados para suportar o uso diário.
O aumento na venda, nos últimos anos, tem impactado diretamente na produção, conforme dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Só em fevereiro deste ano, mais de 39 mil peças foram produzidas no Polo de Manaus, no Amazonas, ou seja, um crescimento de 3,2% em comparação com o mês anterior.
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Entre os que escolheram a bicicleta como meio de transporte está o pintor Jeferson Junior, 27 anos, que percorre todos os dias cerca de 30 quilômetros para chegar ao trabalho. “É uma distância equivalente entre ida e vinda, já que eu moro em Ananindeua, Região Metropolitana, e preciso me deslocar todos os dias para o bairro de São Brás, em Belém”, afirma.
Jeferson ressalta que são muitos os ganhos para quem usa a bike como principal meio de transporte. “Com a minha experiência, pude perceber que com o tempo passei a economizar muito dinheiro, já que eu não preciso nem de ônibus, nem de outro transporte. Economizo tempo, pois fujo dos engarrafamentos e consigo chegar tranquilamente, sem atrasos, ou no trabalho ou em casa”, completa.
Para Daniel Ferreira Nunes, 46, pedalar melhora a saúde e oferece bem-estar para quem pratica. “Antes, quando eu usava ônibus, quase todos os dias eu chegava atrasado, mas agora não. Foi uma escolha que trouxe ganhos ainda para a minha saúde, pois me sinto mais disposto, com a respiração melhor e até o meu sono melhorou, pois consigo acordar bem para mais um dia”, explica o agente funerária.
Vendas
Mas, em contraponto, ao analisar o primeiro bimestre de 2023, houve uma queda de 37% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para o ano atual, a Abraciclo estima que a produção deverá ser em torno de 570 mil, o que representa uma redução de 4,8% em contraste com o número de bicicletas fabricadas no ano passado, que foi de 599 mil unidades.
“Creio que com a pandemia mais amena, as pessoas passaram a se preocupar menos com a questão da atividade física, portanto, posso afirmar que sim, as vendas deram uma caída desde o último mês de dezembro para cá. Mas apesar de poucas saídas das duas rodas, percebo que há mais ciclistas nas ruas, aqueles que tinham uma bike parada em casa e decidiram usar”, pontua Tássya Brasil, 37.
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Tássya, que é proprietária da Amazônia Bike, no bairro do Curió-Utinga, conta ainda que muitos acreditam que “ter uma bicicleta é sinônimo de alto custo”. Embora alguns modelos de alta qualidade possam ser vendidos a R$ 20 mil reais, existem outras opções mais acessíveis, de entrada, disponíveis no mercado no valor que pode variar entre R$ 1 mil a R$ 1,5 mil reais.
Nesse caso é importante considerar a finalidade do uso do equipamento. “Se você está procurando uma bicicleta para passeios recreativos, uma opção mais simples pode ser suficiente. Por outro lado, se você pretende usá-la como meio de transporte diário, ou para pedalar em longas distâncias, ou trilhas, é necessário investir em uma bicicleta mais resistente e durável”, enfatiza Tássya.
Manutenção
Outro custo que precisa estar previsto para que a bicicleta funcione de maneira adequada e segura é a manutenção. Apesar de necessária, a empresária conta que o veículo de duas rodas continua apresentando o melhor custo-benefício, principalmente se for comparado as revisões feitas em carros ou em motos, já que as peças de substituição da bike tendem a ser mais baratas.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias