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Assassinos de promotor que investigava facções são presos
O Equador vive uma das maiores crises de segurança pública da sua história. Um ataque violento a uma emissora de televisão, sequestros de policiais, fugas de líderes criminosos das prisões e incursões de grupos armados em universidades são alguns dos episódios que atingiram o país nos últimos dias. Isso tudo levou o presidente equatoriano, Daniel Noboa, pedir que às Forças Armadas que ajudassem a restabelecer a ordem.Nesta quinta-feira (18), a polícia do Equador prendeu duas pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do promotor responsável por investigar a invasão de um canal de TV que fazia uma transmissão ao vivo, nos dias iniciais da atual crise de segurança pública que vive o país sul-americano.Conteúdos relacionados:Crise no Equador já está afetando aviaçãoFilho de brasileiro diz que pai foi sequestrado no EquadorCrise no Equador: prisioneiros estrangeiros serão deportadosCésar Suárez foi morto a tiros na quarta (17) a caminho de uma audiência judicial. Ele dirigia na avenida do Bombeiro, no norte da cidade portuária de Guayaquil, no momento em que homens dispararam contra o carro. O veículo teria ficado com mais de 20 buracos de bala, segundo a imprensa local.Ele havia sido designado para investigar qual dos diversos grupos criminosos que atuam no país esteve por trás da invasão das instalações do canal TC no último dia 9. O governo designou 22 desses grupos como “organizações terroristas” na última semana.O ataque ao canal de televisão foi o estopim que levou o presidente equatoriano, Daniel Noboa, a decretar estado de “conflito armado interno” no país, que vive uma onda de violência relacionada ao narcotráfico.Suárez atuava no braço do Ministério Público especializado em investigações contra o crime transnacional e ficava baseado na província de Guayas, cuja capital é Guayaquil.Segundo a instituição, a direção-geral de inteligência da Polícia Nacional era responsável pela segurança do promotor, que pouco antes de ser assassinado teria dispensado o acompanhamento da escolta armada porque faria uma audiência por videochamada. “Um dos princípios do sistema de proteção de vítimas e testemunhas é a voluntariedade”, disse o Ministério Público em nota.O comandante da polícia, general César Zapata, limitou-se a dizer que os suspeitos foram presos após “procedimentos investigativos que permitiram identificar a suposta participação” no assassinato. A polícia não divulgou a identidade deles, nem a facção da qual fariam parte. Nas operações de buscas, os agentes disseram ter apreendido uma espingarda, duas pistolas, carregadores e dois veículos.Quer ver mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp.A invasão do canal TC por homens encapuzados que apontaram armas para os funcionários, inclusive o apresentador que falava ao vivo para os telespectadores, terminou com a polícia ingressando no local e prendendo mais de dez homens.O episódio ocorreu apenas dois dias depois de Fito, o chefe da facção Los Choneros, fugir da Penitenciária Regional, em Guayaquil. Ele é considerado um dos nomes mais poderosos do narcotráfico no Equador e estava prestes a ser transferido para uma prisão de segurança máxima quando escapou.Pouco depois, outros casos de violência se disseminaram pelo país, como o sequestro de mais de 170 funcionários penitenciários, desde agentes de segurança, passando por pessoal administrativo até auxiliares de cozinha, por detentos de diversas cadeias do país. Os reféns foram liberados no último domingo (14).
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias